quinta-feira, 3 de julho de 2008

Dilaceramento do Ego...




Aprendi por fim a ignorar.
A estabelecer que nada me afecta.
A desejar que nada me mate.
A perder a vontade própria e fazer o que tu queres. Ser Humilde como sempre dizias.
Já não barafusto quando ouço ‘Não’.
A minha alma é agora invisível pois segue o mandamento dos “outros” e perde a capacidade pessoal de querer algo.
Agora as palavras ditas rudemente por ti já não arranham, não massacram, não sobram, nem faltam.
O teu puro egoísmo é inexistente para ti! Para ti que te afirmas perante Deus, rezas e fazes promessas se for preciso.(...)
Eu diria que foi a tua incapacidade de entrega. Mas se te disser isto acabaremos por gritar um com o outro, e depois cada um de nós dirá frases terríveis em que não acredita só para experimentar o seu poder de mágoa sobre o outro, e como aos filhos nada admites, nem a capacidade de opinar, enxergas essa tua mão calejada no meu rosto até ficar a marca de sangue derramado!
Fazes isso quando perdes a razão e a capacidade de argumentar. Sempre foi assim.(...)
A ti não se pode duvidar das palavras, actos ou omissões. Já que dos pensamentos não tenho eu conhecimento.

4 comentários:

Luis disse...

Espero que não se passe contigo o que escreveste.

Esta é uma realidade que existe, mas não consigo compreender a razão porque não arranjam uma solução, visto hoje em dia existir muita informação e apoio. A vida não acaba, o que acaba é uma etapa dela para dar inicio a outra, melhor ou pior não se sabe, mas é isso o lado bom ou não da vida.
Parabéns pelo texto, pois está excelente.

dianantunes disse...

Nos textos que escrevo habito mundos diferentes.Caracterizo a dor,mágoa,alegria,consolo, que tais mundos transmitem ao meu pensamento, atrevia-me a dizer à minha alma.

Anónimo disse...

Lindo texto!
Tu bem sabes como aprecio a escritas. Então escrita por ti!...

Anónimo disse...

Boa noite,
é curioso como vim parar ao seu blog, mas é menos curioso que seja para mim evidente que, não obstante admirá-lo, o estilo poético se afigura distinto de texto para texto e quase que me atrevo a dizer que não são do mesmo autor. Contudo, quero felicitá-la pelo bom gosto e pela profundidade a que se permitiu chegar e assinar. Só lhe posso aconselhar a que se mantenha criativa e que comece e ler os grandes clássicos para ganhar bagagem intelectual, gramatical e verbal, que conjugadas com a sua capacidade introspectiva darão bons frutos.
Cumprimentos,
J.